segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Por tanto

Tanto te quis
Que fostes
Tanto te esperei
Que cansei
Tanto sofro da solidão
Que faço dela meu amante secreto
Pergunto-me onde cabe tanto querer
Li um dia que “o amor é um sujo brinquedo”
Por tanto como um punhal manchado de sangue
Eu recolho minhas dores
Contraio-me apenas
Tanto te queria
Que já não sei mais nada
Tanto te procurei
Que lentamente vou esquecendo seu rosto
Naquela madrugada de álcool
Eu te dei meu cheiro
levastes ele em suas mãos
como quem carrega um bebê no colo
Sugastes de minha boca o aroma do leite
carregastes meu néctar em ti
deixastes o teu em mim
suas gotas de suor na minha pele
seu orvalho dentro da flor...
bálsamo...

2 comentários:

Ramon de Alencar disse...

...
-Lindo! Tuas Palavras atravessam as camadas da pele, e se perdem dentro do sangue...

Rui Caetano disse...

Palavras inchadas de amor e dedicação. Gostei muito do poema sentido e profundo de paixão.