terça-feira, 17 de julho de 2007

E se eu possuísse um relógio que fizesse o tempo parar...
Eu ia ficar quietinha por alguns instantes, depois gritar,
Depois ir num cinema
Projetar um filme
E lá ficar...
Sozinha e sonhando...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Do que não se entende

Eu não sabia
Mas parece que tudo que o pensamento toca disseca a alma
Pensamento pode ser guilhotina
A gente precisa estar alerta
À espreita
Pensamento é força
Se a gente não souber usá-lo,
Ele se rebela
Se revolta
E volta-se contra nós

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Amanhã, quem sabe...



Quem foi que falou para ficar reclusa?
Porra nenhuma!
Eu vou gritar, quebrar tudo!
Até romperem os laços...
Esgotarem as forças...
Secarem as palavras...
Se perderem as estradas,
Os caminhos de volta.
Há tempo de plantar e de colher...
E se a colheita for ruim,
Murchar ou der bicho...
Arranca tudo!
Corta o mal pela raiz...
“Não sou boa, nem quero sê-lo”.
Droga, essa frase não é minha!
Mas a tomo como empréstimo...
Esperarei sentada o tempo das flores...
E talvez apareça inocentemente, despretensiosamente, timidamente...
Uma borboleta amarela.

terça-feira, 10 de julho de 2007


Com Por
Compor uma vida mais justa...
Compor uma atmosfera
Compor uma serie de roteiros interligados
Compor uma estória de amor
Compor um filme com ou sem final feliz
Compor uma poesia
Compor um desenho que cabe dentro de um quadro que esboça paisagens de jardim
Compor uma cena
Compor um personagen
Compor,
Descompor
Compor um Tom
Compor Chico
Compor um piano
Compor Tom e Chico
Compor meu coração descompassado
Compor uma face derretida
Compor uma saudade
Compor
Apenas compor
Ad libitum

Segredos e Mistérios

O vento que sopra pela janela
Sabe os mistérios que o perseguem.
Durante alguns anos eu também tentei identificar os mistérios que pousavam sobre minha janela
Mistérios coloridos, frágeis e singelos.
Eram borboletas multicores que traziam em suas assas mensagens que praticamente não consegui decifrar!
Morreram...
Elas morrem rápido,
E eu menina, inocente em assuntos de borboletas, tentava inutilmente acompanhar seus raciocínios!
Às borboletas que morriam, eu não as enterrava. Malvada que também sei ser, pregava-as em quadros e plásticos resistentes.
E elas me observavam eternas e oprimidas em seus mistérios.
Meus segredos me pertencem, só poderia contá-los às borboletas. Se falo pelos cotovelos, é porque os meus segredos mais remotos estão trancados à sete chaves.
Mas vou dormir como uma pequena...
Embaixo dos cobertores, escondendo os soluços e fingindo que tudo está bem...


Quem disse que a vida é feita de sobras?
Não! A vida é feita de lutas, de negações, de escolhas opções e conquistas!
E por falar em negações... Nego-me a sobreviver com restos...
Não nasci para viver nas beiradas, para andar me esquivando e me fazendo imperceptível...
Sou filha de Oxum e Iemanjá...
Não só os espelhos e as contas me guiam,
O coração também, aliado a emoção e paixões.
Preciso estar apaixonada por tudo que está ao meu redor...
E por falar em contas, eu vou contar uma coisa:
Não é um simples cheirinho que me desperta, nem uma pequenina flor que me cativa...
Não quero um pouco perdão, não necessito de uma mísera piscada de olhos,
Eu sou oxum aretada
Eu quero o tudo,
E um pouquinho mais...
Se pensas que sou capaz de sobreviver a sobras estás enganado.
Eu quero o céu, a terra e o mar.

segunda-feira, 9 de julho de 2007




Meu coração de poeta
Por vezes quer me enlouquecer...
Fazendo de mim uma obcecada por cores,
Por flores
Por olhos,
Por cheiros
Etc...
Coração, coração
Por que teimas em querer deslumbrar o mundo se é tão pequeno?
Por que se acha tão imenso para abraçar uma causa dessas?
Seja cauteloso, já avisaram os amigos,
Seja complacente, eu te peço...
Deixa de ser afoito, de querer andar nas nuvens, sonhar estórias...
Parece bicho besta.
Coração, coração
Dizem que o tempo não ta pra peixe,
E você é sonhador demais para viver nesse mundo louco assim, tão repleto de amores...
Vinicius já te avisou:
“Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?”.
Vistes?

terça-feira, 3 de julho de 2007

Nós

O destino nos pregou uma peça...
Ele me deu a você
E te trouxe para mim
O destino é tão romântico as vezes!!!!!!
È assim que necessito de ti,
Agora que já passaram os anos de espera
E tu chegastes para acolher-me nos teus braços
Necessito do teu cheiro como do ar que respiro
De tuas mãos para as acolhidas: de paixão, de enroscamento,
De seus dedos para enxugarem minhas lágrimas.
Preciso de ti, amor...
Mesmo que meu passado te machuque e o teu a mim também.
Preciso de ti, como és
Falando manso ou com raiva
Me dizendo palavras de amor.
Amor
Eu te esperava solitária,
Nas noites de estio e de vazio.
Preciso de seu corpo ao meu lado
Quando acordo assustada na madrugada
Depois de sonhos estranhos e do medo que persegue de perde-lo.
Não quero que tenha dúvidas de nada,
Meus lábios necessitam de ti como se você fosse minha hóstia
Me perdoando ao final de qualquer mágoa, me aquecendo do frio de nossa casa,
Eu necessito de sua voz rouca como necessito de tudo que vem de ti.
Vida, pele, braços, pernas, sexo, boca...
Do seu perdão, amor!