terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Escrevo inebriada, consumida, contaminada... ensandecida... com uma coisa chamada saudade...
Escrevo como uma loba no cio...
Como uma tigresa abandonada
Que amamenta seus filhotes.
Uma menina carente de amor, de afeto, de carinho...
Aonde foi que me perdi?
Onde foi que te encontrei?
Por que caístes tão rápido dos meus braços?
Recordo-me do seu cheiro...
Da sua pele,
Seu cheiro,
Cheiro de sua pele
Sua nuca
Seu sexo
Seus cabelos...
Aonde foi que apareceram outros?
Outros olhos – pares de olhos que não conheço...
Outros cabelos, nuca e cheiro?
Eu só cheirei a sua pele
A sua nuca
Os seus pelos
Seu sexo...
Você está partindo,
Sinto...
Eu estou partindo,
Sei...
Quantos dias seriam suficientes para que permanecessemos?
Quantas madrugadas?
Você parece me substituir muito rápido...
Esquecer-me...
Eu também.
Por que?
Meu benzinho,
Reponde por que somos feitos da mesma porção de matéria?

2 comentários:

Rui Caetano disse...

É urgente olharmos o horizonte e aí descortinarmos um sonho outro, um olhar profundo de uma cor que nos entontece.

Ramon de Alencar disse...

...
-Mesmo que tenhamos uma estrela guia, uma estrela encantada,o universo possui um tanto infinito de outras estrelas...
Isso, por que o céu é vasto. E mesmo que os olhos decaiam junto com as estrelas cadentes, sempre devemos voltar o olhar para cima novamente...