domingo, 8 de fevereiro de 2009

Antes mesmo de escrever salvou a folha em branco... estou ficando um pouco desacreditada das coisas. Claro que sei que isso é uma fase curta pois daqui a pouco uma borboleta pousa em minhas costas e lá se foi qualquer teoria absurda que esteja falando ou fazendo sobre algo. O que importa mesmo são as coisas que carrego no meu coração desde pequena, que herdei de minha mãe, que por sua vez herdou de minha avó e assim por diante...

Estou estranha normalmente não costumo refletir sobre o que estou escrevendo... vou seguindo o fluxo, deslizando sobre as palavras, me afogando num mar de idéias que quando menos percebo já estou no momento conclusivo do tal escrito.

Aqui não, estou perdida, diria: no mato sem cachorro! Nem sei para que lado estou indo e muito menos do que quero gritar sobre as folha de papel branca do word.

Penso em estradas compridas, em mãos abandonadas, em vozes esquecidas, num passado remoto, em cadernos de diários guardados em gavetas, num sorriso de menino triste, numa cadela fiel, numa casinha pequenina, em mangueiras no fundo do quintal, em mangas maduras quase que douradas, em anjos pequeninos, em estórias assustadoras, em vozes estranhas... numa mulher forte beijando minha face.

Eu não sei porque escrevo, antes me achava talentosa, hoje uma fraude...

Ana karenina se lançou embaixo do trem por não compreender direito o que se passava em seu coração, na sociedade em geral e também porque somos sim responsáveis por nossos atos e os atos falam por si só!

Queria esquecer esse negócio de escrever, talento é para poucos, deveria me contentar em fazer algo em que fosse melhor aproveitada, fotografar casamentos, bichos, plantas... me trancar num escritório e morrer de tuberculose, vender avon...

Ah! Sei lá o que deveria fazer para doar um pouco dessa necessidade de passar o tempo para não pensar em você... na verdade deveria gritar bem alto pela rua: você é um idiota e gostaria de entender porque os idiotas me irritam tanto.

Bosta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!