segunda-feira, 28 de janeiro de 2008



Quando eu era pequena eu sabia voar.
Não sei ao certo em que momento eu desaprendi,
A voar!
Ainda adolescente eu acreditava em amores, em paixões fulminantes,
Cresci e ainda levava comigo a capacidade de olhar nos olhos, de detectar mentiras...
Eu às vezes esqueço que eu cresci e sofro porque quero muito voltar a voar,
E quero também olhar nos olhos...
Ainda ontem, hoje! Ficou impregnado em meu corpo um cheiro seu,
Eu não queria te dizer que quando meu nariz fica vermelho é porque eu queria voar...
E como não consigo,
Fica na garganta um aperto,
Por não saber mais voar e por querer chorar!
Como não posso chorar! (na sua frente).
Eu só queria te pedir, que me deixe ir...
Talvez um dia eu reaprenda a voar,
Mas se você ficar me segurando eu nunca vou saber de verdade se (re) aprendi, ou não!
Eu deixo você ir...
Eu suporto essa dor...
E depois que você foi embora
Meu nariz não ficou tão vermelho,
Porque eu pude chorar!
Eu sei me cuidar,
Bebo leite,
Faço amor,
Colho flores,
Bebo cerveja escondido,
E sempre admiro o pôr-do-sol
E quando durmo,
Alço vôo bem alto e fico observando a cidade lá de cima,
É tão bela...

Adeus!
Quando chegar a noite,
Eu te visito em sonhos...
Te adoro!

(Ah, com o nariz vermelho eu fico menos inspirada!)

2 comentários:

Linhas do desassossego disse...

voar é uma maneira de despedir-se do chão!

Ramon de Alencar disse...

...
-Vou te contar um segredo: A água da chuva me dá asas... e eu percorro o caminho inverso da gota quando esta cai do céu...
...E é como se uma lágrima retornasse para dentro nos olhos...

Vai também... é fácil!