Transparência...
Dentro
do jogo de espelhos
Que
brinca com nossas imagens
Envolvendo,
clareando, desenhando
Refletindo...
Que
bons ventos o trazem
Guiado
por uns dedos,
ou
seriam uns versos,
opacos
e transparentes?
Yemanjá,
Que
mares deseja que eu naufrague,
E
que contas me trouxe para enfeitar a pele?
Eu
até que nadaria, se não tivesse tanto medo...
Mas
me sobra uma coragem de gigante
Que
me faz certa de flutuar,
E
ainda que eu desça ao fundo
Não
existe morte.
Porque
a dona das águas
Que
mora no verde dos olhos,
Me
pede que eu tenha a coragem,
E
que mergulhe, perdida
Porque
lá adiante, ela me salva,
Embalada
pelas ondas, vestida de algas
Refeita
do amor de mãe
E
me fazendo estrela das transparências,
Menina
dos Olhos d’água.
Nenhum comentário:
Postar um comentário