quarta-feira, 2 de maio de 2012


Depois da Madrugada...

Já era bem tarde
E chovia atrás dos verdes que de tão escuros já não eram mais verdes
Eram cinzas...

E foi que de repente,
Ouvi um barulho de passos devagar, um rumor de cascatas que me atraiu a atenção.
Mas o tempo ainda permanecia imóvel,
Porque se fazia escuridão dentro de um peito perdido, que mais parecia um cemitério onde os fantasmas eram os atores principais.

Mas era tanta tristeza nos olhos da menina,
Que até perdi a conta dos choros que foram abafados com cobertores de lã,
E dos gritos emitidos numa tarde de tenebrosa dor.

Mas o tempo hoje se esvai numa calmaria só,
Tudo ficou um pouco velho... velhos...
Porque a vida passa no burburinho da noite
E nesse tempo infinito o sol vai se forrando de amarelo,
Cobrindo os antigos verdes-cinzas
E o coração despedaçado
Constitui-se novamente num vermelhão vívido
Revivido numa nova paixão.


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