Há tempos não escrevo particularmente para alguém,
assim, como uma devoradora do instante, como se o fosse perder a qualquer
momento. Há tempos não faço tantas coisas... Mas, agora, com lápis, papel e o
pensamento envolto, à ti escrevo, inebriada, às vezes alheia, com olhos
sedentos fitados para a página antes neve.
Não penso em objetivos, escrevo apenas pelo prazer de
escrever, aliás, desde pequena gosto de cartas, gosto de endereços (agora devo
acrescentar a lista também os e-mails), pois descobri cedo o quanto é terno
perceber que um alguém constrói frases em minha cabeça... essa percepção tive
ainda pequena e me dei conta que de fato o longínquo não existia. E assim sou,
sempre que necessito de algo, sinto saudades de alguém, pressinto o mistério da
noite, um diálogo... me ponho a escrever, escrevo a toa, escrevo sem nada, um
diário é um amigo, contrapeso de solidão.
Logo, logo te mandarei o escrito, como se fosse uma
partitura de palavras composta noturnamente, criada sobre um piano de
nuvem, escrito numa partitura pálida e
embalada pelo som de um mar distante, assim, nessa madrugada sorrateira eu
escrevo apenas para dizer-lhe que estou feliz por conhecê-lo e que escutar sua
voz me traz uma enorme alegria.
Dorme sossegado, temos todo tempo do mundo... a
noite ainda é uma criança,
Bom dia, meu sei lá o quê!!!!
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