Rubem Alves diz que existem dois tipos de tristezas: as diurnas que são as que estão iluminadas pelo sol! São as dores impostas pela vida, às perdas dos entes queridos, a falta de trabalho, as separações de amigos que a gente antes acredita serem “casais perfeitos”, a revolta que sentimos ao assistirmos a televisão, o crime, os meninos no trafego ou tráfico... Essa coisa louca que se tornou o dia a dia e a perda dos nossos valores... Enfim, são tantas as tristezas diurnas que se fosse descrevê-las, só as minhas ocupariam folhas e mais folhas de ofício A2.
E por fim, como disse o poeta, tem também a tristeza do crepúsculo: essa ultimamente tem vindo me visitar com freqüência, pois de minha janela eu visualizo o entardecer todos os dias. Essa tristeza é danada, porque dá um apertozinho no peito e a gente sente uma saudade tão esquisita. Quanto mais a tarde vai caindo nos vamos lembrando de coisas e de pessoas e de bichos e flor e do amor...
Ah, a vida! Essa tênue linha que cruza o horizonte...
Agora de minha janela tem um céu azul-amarelado, com um marzão acinzentado e um barquinho que todo dia pesca no mesmo lugar, lá deve ter um montão de peixes, ou então, o pescador que ali habita também gosta de sentir esse apertozinho de fim de tarde no coração e olhar para o céu.
E eu, o pescador, rubem alves e o pequeno príncipe ficamos ainda mais tristes admirando o por do sol!
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