quinta-feira, 16 de julho de 2009

Madrugada

Assim sou... nem me percebo. Apenas sou! Procuro um programa que me conserte, pelo menos que minhas palavras se façam verdadeiras e menos infame, word talvez. Porém sei que nem um programa de computador possuo mais, eles nos perseguem, nos corrói a alma. E ainda assim continuo sobrevivente, com um teclado estragado, com minha alma de criança e minhas borboletas estranhas...

Ah? Sou quem sou... menina das madrugadas, olheiras sendo formadas, canções projetadas, homens perseguidos e me perseguindo como bichos estranhos. Não sei de ti, nem de quem está atrás. Sou quem sou e me faço aranha. Flor. Mulher!

Amanhã mais um dia que se faz claro, ainda que meu maior objetivo fosse dormir até tarde, mas amanheço e quero ser forte, mais do que pareça ser... mesmo não sendo tanto!

Ouço canções, escrevo versos, textos etranhos onde eu mesma me desconheço... e sou e vou seguindo as estradas, as coisas, os movimentos das coisas. Você está aqui compondo versos para mim, eu me pergunto se sou mesmo essa personagem que pode ser tão bem descrita por outro. Eu...

Volto para minhas músicas e suas palavras doces...

Doce?

O que é doce nesses instantes de perdição além das minhas próprias dores internas???

Eu sou meu próprio doce e ainda assim tomei nojo do açúcar!!!! Asco de algo que me remete a uma flor murcha... ressecada pelo tempo e vívida apenas em minha própria mémoria de artista solitária.

Perdão meu bem, perdão!

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