Milan Kundera disse que não se brinca com as metáforas pois elas são perigosas!
Mas e nós que temos esses corações lânguidos e intranqüilos?
Meu peito parece que vai explodir quando vejo um entardecer!
Minha alma então, quando é tocada por um filme, um poema uma canção fica como que inebriada, perdida por entre as reticências e pelas aspas. Por vezes só consigo ser não sendo e estar... fugindo!
Se vago por entre as pernas de um passarinho,
Se me expresso por entre linhas e muitas das vezes que estou rindo se esconde um mar de lágrimas em meu peito...
O que será então dessa pobre criatura que sou?
Deste ser inacabado e tão repleto de sensações?
Se meu tempo também é quando e meu lema é longe é um lugar que não existe,
Onde é que eu me coloco, por onde que me desloco e com que pernas me encosto?
Ah, Milan, como pode fazer isso conosco (literalmente conosco, pois lhe incluo nessa parada)?
Se todo esse medo é porque o amor pode nascer de uma metáfora!
Que venham então todos que metaforicamente conseguem rabiscar, diluir, interpretar, cantar, apaixonar, divagar, silenciar, inebriar, esticar, propagar, anunciar, projetar, despertar... o amor nesse coração do tamanho de uma semente de girassol!
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6 comentários:
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-Neruda sabia disso, e escreu cem sonetos de amor com mil e uma metáforas... E sim, todo o sentimento nasce delas...
Quanto a Kundera, depois de suas ´´Insustentabilidade´´, eu nunca mais pesei o mesmo peso e medida.
...
-Gostei das mudanças daqui! Sempre são bem vindas as mudanças...
Eis o fabuloso destino dos que sentem mais do que podem explicar.
Obrigada pelos comentários, moça.
Gostei do texto, da foto da Binoche e ,principalmente, da tua visita. Tbm tenho metaforizado sentimentos, talvez pq amar as coisas e pessoas seja estar em perigo sempre... talvez viver seja isto mesmo, sobreviver aos perigos.Bj
Acho que o amor em si é uma metáfora! e porque não uma brincadeira.. claro: perigosa! É bom ler você..
Te estoy devolviendo un comentario tuyo, que hiziste en mi Blog.
Quien sabe como llegaste a el no?, es una extraña sensación de experimentar, escribir para uno mismo y de repente recibir impresiones de alguien desconocido pero que capta el alma de las palabras.
Bonitos tus textos, y ahora me recordaste a Kundera que había olvidado un poco.
Gracias.....
Ah! O sentir além de nós mesmos, a emoção além da razão! Estamos determinantemente condenados a isso, companheira dos sentires.
Abraços cúmplices,
Gerlane
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