quarta-feira, 2 de maio de 2012
Também sinto meu peito tremer quanto te avisto de minha janela,
Quando olho seu jeito de menino, que mesmo com cem anos ainda o terá, porque ser menino é uma qualidade dos seres sensíveis, amáveis e sinceros.
Procuro não pensar no pára-quedas, tenho medo que ele falhe e o naufrágio seja inevitável...
Por isso não pensarei mais nele. Pensarei num bosque com margaridas na janela, e um mar refletindo nosso amor suavizado pela brisa, sem equívocos, sem o maldito “sentir-se só”.
Sinto-me um jardim de flores semeadas, regadas quando possuídas por seu corpo:
seu hálito meu ar
seu corpo minha casa
sua saliva meu orvalho
sua voz minha canção de ninar (que me acalma)
suas mãos. Ah suas mãos meu escudo – me protegendo do mundo – segurando-as me sinto protegida. Um pássaro guardado.
Sou tua, ainda que não seja tão fácil demonstrar, ainda que sofra com isso, mesmo que o destino o faça diferente. Conheço seus medos e convivo diariamente com os meus. Não é fácil.
Mas te amo como uma ursa faminta que acabou de acordar depois de seis (ou mais) meses hibernando, por isto estou tão fraca. Perdão, sou um ursa cabeça dura. Não é por mal, se me calo é só por medo, se falo também é medo. Mas tenho aprendido com você muitas coisas, as vezes temos mesmo que gritar para acordar o outro, porque o tempo de hibernar já acabou. É tempo de amar...
Queria te escrever mais, agora falta o tempo.
Mais saiba:
Meu corpo precisa do teu, sempre.
Meu menino, meu sócio, meu dono, meu amante, minha vida.
Também chorei, e com a cabeça enfiada no travesseiro repeti seu nome dentro da madrugada até adormecer.
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