Depois
da Madrugada...
Já
era bem tarde
E
chovia atrás dos verdes que de tão escuros já não eram mais verdes
Eram
cinzas...
E
foi que de repente,
Ouvi
um barulho de passos devagar, um rumor de cascatas que me atraiu a atenção.
Mas
o tempo ainda permanecia imóvel,
Porque
se fazia escuridão dentro de um peito perdido, que mais parecia um cemitério
onde os fantasmas eram os atores principais.
Mas
era tanta tristeza nos olhos da menina,
Que
até perdi a conta dos choros que foram abafados com cobertores de lã,
E
dos gritos emitidos numa tarde de tenebrosa dor.
Mas
o tempo hoje se esvai numa calmaria só,
Tudo
ficou um pouco velho... velhos...
Porque
a vida passa no burburinho da noite
E
nesse tempo infinito o sol vai se forrando de amarelo,
Cobrindo
os antigos verdes-cinzas
E o
coração despedaçado
Constitui-se
novamente num vermelhão vívido
Revivido
numa nova paixão.
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